Navegação, fotografia, música, jogos e muito mais...
Nota prévia: contava ter para comparativo o mais recente topo-de-gama da Samsung, aquele que pelas suas características mais se aproxima do iPhone na vertente particular ou de entretenimento e menos numa utilização profissional. Por diversos motivos isso não foi possível, pelo que esta análise terá apenas presente a minha experiência com modelos anteriores que recorrem a plataformas Android e Explorer Phone, bem diferentes do sistema operativo "iOS" dos iPhone O iPhone não é "um" smartphone. Ele é "o" smartphone, um icone entre os da sua espécie.
E se ele é objecto de ensaio neste espaço dedicado a automóveis, deve-se principalmente ao facto de o ter testado enquanto instrumento de navegação.
Sim! Porque um aparelho que reivindica mais funções do que um telefone "vulgar" e custa mais do que muitos computadores portáteis, têm por obrigação servir para muito mais do que fazer chamadas, enviar mensagens, tirar fotos, debitar músicas ou até possibilitar o acesso móvel à internet; por um sexto do seu custo (o iPhone 4 custa mais de 500 euros, dependendo da sua capacidade de memória, 16 ou 32 Gb), há no mercado mais por onde escolher para se ter apenas as 5 funções anteriormente referidas.
A importância de um bom ecrã
Sobretudo quando se conduz, uma das exigências é a visualização do ecrã nas mais variadas condições. Nesse campo o iPhone 4 bate aos pontos a concorrência com um ecrã de 3,5" em vidro especial antireflexo, mas, principalmente, pela riqueza e nitidez das cores e pela variação da sua iluminação, que se adapta automaticamente à luz ambiente. A ampliação da imagem é rápida graças a um ecrã "touch" tão sensível quanto preciso, e a localização do ponto em que nos encontramos (e aquele que desejamos) é igualmente rápida e eficaz.
Além da ampliação total do motivo do ecrã, existe este modo localizado que se torná bastante útil quando se efectua, por exemplo, uma tarefa de "copy-paste" (ver mais adiante)
Navegação GoogleJá o sistema de navegação, baseado no Google, não é tão prático quanto o oferecido pelos aparelhos habituais de GPS. Além de não ter acompanhamento vocal (ou seja, não vai fornecendo indicações por voz), requer que o condutor vá "puxando" o mapa consoante o desenrolar do percurso. Ainda assim, existe a possibilidade de visualizar e conhecer em detalhe o percurso até ao ponto de destino (através de uma listagem de ruas), investigar informações de trânsito ou escolher a maneira de atingir o ponto de chegada: se de carro, transportes públicos ou a pé. Ainda que estas duas últimas formas não mostrem grande precisão e eficácia.
Em termos de navegação, o posicionamento é feito através da combinação do sistema GPS integrado, do Wi-Fi e da localização das células emissoras da operadora de comunicações.
O iPhone4 traz ainda de uma bússola digital.
Mais "navegadores"...Pela internet (o aparelho testado usava o serviço da Vodafone, efectivamente bastante rápido - ver mais à frente), torna-se possível encontrar a morada de um determinado local. Através de um processo muito simples de selecção e cópia do texto, é possível transportar essa informação para o sistema de mapas, que localiza o destino e assim indica forma de o atingirmos.
Contudo, quem não ficar satisfeito com este serviço já instalado no aparelho da Apple, uma das suas vantagens é o sem-número de aplicações especialmente desenvolvidas para o IPhone. Entre elas encontram-se, claro, mapas fornecidos por nomes tão conceituados como a TomTom ou a portuguesa NDrive.
Pagos, mas nem por isso excessivamente caros.
... e mais aplicaçõesDe resto, um dos grandes trunfos do IPhone sobre toda a concorrência, são as centenas de aplicações especialmente desenvolvidas para "correrem" no aparelho: aplicações de entretenimento como jogos, mas também aplicações que servem para prestar informações de trânsito, condições meteorológicas e até horários de transportes públicos. Entre muitas (mas mesmo muitas) outras, algumas de duvidosa ou até mesmo nenhuma utilidade.
Para utilizar qualquer aparelho da Apple, um dos requisitos é ter instalado o iTunes, um programa que permite gerir as diversas aplicações e ficheiros, quer no telefone, quer na comunicação deste com um computador.
Outras caracteristicas
Explorar e comentar todas as potencialidades de um iPhone revelaria um texto longo e necessariamente exaustivo. Cingindo-me às principais e mais utilizadas, não fiquei deslumbrado com a capacidade da câmara fotográfica de 5 Mg px, apesar de esta trazer a novidade de gravação vídeo e logo em HD de 720 px. A colocação do visor e o "botão" de disparo não são igualmente os mais práticos de utilizar; não raras vezes corremos o risco de colocar um dos dedos à frente.
Seguem-se alguns exemplos (clicar para ampliar até ao tamanho original das imagens, sem qualquer tratamento):
O envio dos ficheiros por correio electrónico ou SMS faz-se de modo rápido, com a possibilidade de reduzir o tamanho para diminuir o tráfego e também aumentar a velocidade do processo.
A navegação internet, feita com o navegador "Safari", é efectivamente muito rápida. A isso não é certamente alheio o facto de ter testado o iPhone 4 com Vodafone, operadora que recentemente foi considerada pela ANACOM como a que dispõe da "Banda Larga" com velocidades mais rápidas de acesso à Internet, com maior velocidade de "download" no acesso e ainda maior rapidez no carregamento de páginas web.
A gestão dos contactos ou mensagens não merece comentários especial.
Entre as muitas aplicações possíveis estão a leitura de publicações web ou a pesquisa no eBay, por exemplo, com o aviso do desenrolar do leilão.
EntretenimentoA gestão de músicas, vídeos ou jogos é quase sempre feita através do iTunes. O iPhone prossegue a qualidade de um iPod, assemelhando-se a este nas funções de entretenimento. A qualidade de reprodução é magnífica e, no que concerne a jogos, volto a destacar a qualidade do ecrã que permite não só uma enorme riqueza riqueza gráfica, como se revela o melhor ecrã táctil ("touch screen"), sem caneta, com que já operei, quer para jogos instalados, quer para outros jogados via internet.
Este facto é ainda extremamente importante quando estamos a falar de um aparelho com teclado igualmente táctil, onde o iPhone volta a revelar-se muito preciso; não só dispensa qualquer pressão dos dedos como, ao acompanhar a inclinação dada ao aparelho, é possível compor qualquer texto utilizando as duas mãos.
Isto além da facilidade "copy-paste" já referida (ampliar a imagem à esquerda), extremamente útil nas funções de navegação, uso do email ou envio de outras mensagens e ainda composição de texto.
Mas é também ele o maior responsável pela autonomia da bateria. Num uso intensivo, o iPhone 4 requer carregamento diário (não há acesso à bateria para troca), dois dias foi o máximo que consegui mantê-lo sem "abastecê-lo" de energia. Isto apesar de desligar o ecrã poucos segundos após detectar a inexistência de actividade. Encontrei, neste campo, duas vantagens: avisar, com relativa antecedência, a diminuição da autonomia (aos cerca de 20%) e, tal como num computador portátil, a entrada em modo "stand-by" sem perder funções, até novo carregamento.
O iPhone 4 utiliza micro-SIM. Quem desejar efectuar a migração de um aparelho que utilize um SIM normal (o cartão da operadora), só tem que se dirigir a uma loja oficial da Vodafone para este ser "cortado" ou substituído.